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Recordando Allan Kardec

Autor: Eliseu Mota Junior

Como indica o título, este espaço será destinado a recordações de Allan Kardec, sobretudo através da publicação de textos da Revista Espírita, selecionados a partir de estudos e pesquisas dessa relevante fonte de divulgação da Doutrina Espírita.

Para começar, faremos, neste número, uma singela síntese da biografia do mestre lionês, bem como um pequeno histórico da Revista Espírita.
Resumo biográfico — No dia 03 de outubro de 1804, às 19 horas, na Rua Sala, nº 76, na cidade francesa de Lyon, nascia Hippolyte Léon Denizard Rivail, que mais tarde seria consagrado com o nome Allan Kardec, filho do juiz Jean-Baptiste-Antoine Rivail e de Dª Jeanne Louise Duhamel.
Entre 1814 e 1815 o jovem Denizard Rivail foi enviado ao Instituto Yverdon (ou Yverdun), no Cantão de Vaud, na vizinha Suiça, ali instalado e dirigido pelo Professor João Henrique Pestallozzi, com aulas durante dez horas diárias, abrangendo disciplinas exatas, químicas, biológicas e humanas, inclusive o estudo de línguas “vivas” (inglês, francês, alemão etc.) e “mortas” (especialmente latim e grego).

Graduado em Ciências e Letras, o jovem Professor Rivail retorna à França, provavelmente direto para Paris, onde lança o seu primeiro livro em 1824, com o título Curso prático e teórico de aritmética, e funda, em 1825, a “Escola de Primeiro Grau”, dando início a uma fértil atividade pedagógica, que iria consagrá-lo na França e na Europa. Casou-se em 06 de fevereiro de 1832 com a Professora Amélie-Gabrielle Boudet, com quem não teve filhos carnais.

Estudioso desde a mocidade do sonambulismo e do magnetismo, em 1854 o Professor Rivail ouviu falar pela primeira vez dos fenômenos das “mesas girantes”, aos quais só viria a assistir em uma noite de maio de 1855, às vintes horas, na Rua Grange-Batelière, nº 18, em Paris, na casa da Sra. Plainemaison. A partir daquela aparente brincadeira de inverno, viria estruturar, com a assistência de Espíritos Superiores, a Doutrina Espírita, com o concurso de médiuns competentes, começando com as irmãs Caroline e Julie Baudin.
Preparando e levando para as reuniões perguntas de alta relevância filosófica, científica e moral, as quais foram devidamente respondidas por Espíritos esclarecidos, organizou e fez publicar em Paris, no dia 18 de abril de 1857, a primeira edição de O Livro dos Espíritos, sendo que a segunda edição, “inteiramente refundida e consideravelmente aumentada”, foi publicada em março de 1860. Assinou a obra com o nome ALLAN KARDEC, por ele próprio usado em anterior encarnação, quando foi sacerdote druida na Gália antiga, conforme relevação feita por um Espírito amigo.

Completando o chamado pentateuco espírita (os cinco livros básicos da codificação), vieram depois O Livro dos Médiuns (15 de janeiro de 1861), O Evangelho Segundo o Espiritismo (abril de 1864, então com o título Imitação do Evangelho Segundo o Espiritismo), O Céu e o Inferno, ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo (1º de agosto de 1865), e A Gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo (06 de janeiro de 1868).
Além disso, publicou Instrução Prática Sobre as Manifestações Espíritas (1858), O que é o Espiritismo (1859), Carta Sobre o Espiritismo (1860), O Espiritismo em Sua Expressão Mais Simples (1862), Viagem Espírita em 1862 (1862), Resposta à Mensagem dos Espíritas Lioneses por Ocasião do Ano Novo (1862), Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas, ou Primeira Iniciação (1864), Coleção de Composições Inéditas (1865) Coleção de Preces Espíritas (1865), Estudo Acerca da Poesia Medianímica (1867), Caracteres da Revelação Espírita (1868), sendo certo ainda que, após a sua desencarnação, foi publicado o livro Obras Póstumas (1890), contendo escritos inéditos seus e textos da Revista Espírita (da qual falaremos a seguir).

No dia 1º de abril de 1858 fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, destinada a reuniões de estudos teóricos e práticos da Doutrina Espírita, para cuja presidência Allan Kardec foi seguidamente reconduzido.
No dia 31 de março de 1869, com 65 anos incompletos de idade, à Rua Sant’Anna, nº 59, em Paris, vítima do rompimento de um aneurisma, Allan Kardec desencarnou e o seu corpo foi sepultado, inicialmente, no Cemitério Montmartre (aos 02-04-1869), para depois ser trasladado para o Cemitério do Père-Lachaise (aos 31-03-1870), em um dólmen (monumento druida) onde está escrita a frase NAITRE, MOURIR, RENAITRE ENCORE ET PROGRESSER SANS CESSE TELLE EST LA LOI (‘nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei”), sendo um dos mais visitados na capital da França.

A Revista Espírita — A publicação de O Livro dos Espíritos, ocorrida em uma época marcada pelo predomínio das idéias positivistas, provocou inúmeras reações, tanto favoráveis como contrárias, veiculadas pela imprensa da França, da Europa e até mesmo da América. Além disso, Allan Kardec passou a receber uma volumosa correspondência, que lhe era impossível responder individualmente. Por fim, com o seu surgimento oficial, a nova Doutrina dos Espíritos pedia um meio de divulgação mais ágil do que o livro, para análise de temas do interesse geral.
Desse modo, a fim de atender àquelas finalidades e não obstante os seus inúmeros compromissos profissionais e pessoais, Allan Kardec resolveu publicar um jornal espírita, pedindo, para tanto, o apoio financeiro do seu amigo Tiedeman-Marthèse, filólogo holandês e primo da rainha da Holanda, o qual, todavia, estava hesitando muito em atendê-lo.
Diante desse impasse, no dia 15 de novembro de 1857, auxiliado pela médium Ermance Dufaux, Allan Kardec consultou os Espíritos acerca dessa sua intenção, dizendo-lhes que, em face dos seus compromissos e dos problemas financeiros, pensava em publicar apenas um número de ensaio para marcar data do jornal, e, sendo possível continuar mais tarde. Recebeu, então, a seguinte orientação:
“A idéia é boa, mas um só número não bastará; entretanto, é conveniente e mesmo necessário, para abrir caminho.

Será preciso lhe dispenses muito cuidado, a fim de assentares as bases de um bom êxito durável. A apresentá-lo defeituoso, melhor será nada fazer, porquanto a primeira impressão pode decidir do seu futuro. De começo, deves cuidar de satisfazer à curiosidade; reunir o sério ao agradável: o sério para atrair os homens de Ciência, o agradável para deleitar o vulgo. Esta parte é essencial, porém a outra é mais importante, visto que sem ela o jornal careceria de fundamento sólido. Em suma, é preciso evitar a monotonia por meio da variedade, congregar a instrução sólida ao interesse que, para os trabalhos ulteriores, será poderoso auxiliar.”
A respeito dessa ponderação dos Espíritos, mais tarde Allan Kardec comentaria o seguinte:
“Apressei-me a redigir o primeiro número e fi-lo circular a 1º de janeiro de 1858, sem haver dito nada a quem quer que fosse. Não tinha um único assinante e nenhum fornecedor de fundos. Publiquei-o correndo eu, exclusivamente, todos os riscos e não tive de que me arrepender, porquanto o resultado ultrapassou a minha expectativa. A partir daquela data, os números se sucederam sem interrupção e, como previa o Espírito, esse jornal se tornou um poderoso auxiliar meu. Reconheci mais tarde que fora para mim uma felicidade não ter tido quem me fornecesse fundos, pois assim me conservara mais livre, ao passo que outro interessado houvera querido talvez impor-me suas idéias e sua vontade e criar-me embaraços. Sozinho, eu não tinha que prestar contas a ninguém, embora, pelo que respeitava ao trabalho, me fosse pesada a tarefa.”
E, com efeito, de janeiro de 1858, quando circulou o primeiro número, até a edição de março de 1869, quando desencarnou, Allan Kardec dirigiu praticamente sozinho a Revista Espírita, com o subtítulo Jornal de estudos psicológicos, e pelas suas páginas comentou incontáveis fatos que, publicados pela imprensa comum, mostravam todas as evidências de que se tratavam de manifestações espíritas; respondeu às acusações que foram feitas ao Espiritismo e a ele próprio; manteve uma espécie de resenha literária, através da qual analisou obras do interesse da Doutrina Espírita, e abordou ainda uma série inesgotável de assuntos, muitos dos quais foram depois incorporados nos seus livros.
A partir do número de abril de 1869, que se seguiu à desencarnação de Allan Kardec, a Revista Espírita passou a ser dirigida por Pierre-Gaëtan Leymarie, o qual, cinco anos depois, foi processado pela publicação de algumas fotos de Espíritos, episódio que ficou conhecido como O processo dos Espíritas e que pretendemos analisar em breve.
Aos poucos, porém, o periódico foi perdendo as características específicas que marcaram o período em que foi dirigido por Allan Kardec. Foi assim que, em 1913, ao seu título foi acrescido o artigo definido “La” (passando então para A Revista Espírita); em 1976, já totalmente desfigurado, o seu nome foi alterado para “Renaître 2000”, e hoje praticamente nada tem de comum com a revista original.
No Brasil pode ser encontrada uma tradução completa, feita pela Edicel, de todos os exemplares da Revista Espírita editados sob a direção de Allan Kardec (de janeiro de 1858 a março de 1869), sendo certo que o IDE, de Araras, também está publicando a coleção em fascículos mensais.

(Estes resumos foram feitos com base nas seguintes fontes: 1. Obras póstumas, 25ª ed., Rio, FEB, trad. de Guillon Ribeiro, p. 293-294; 2. Allan Kardec, Pesquisa Biobibliográfica e Ensaios de Interpretação, Wantuil & Thiesen, 2ª ed., Rio, FEB, vols. II e III; 3. Vida e obra de Allan Kardec, 1ª ed., André Moreil, SP, Edicel, trad. de Miguel Maillet; 4. Biografia de Allan Kardec, por Henri Sausse).



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